segunda-feira, 21 de julho de 2014

Construtores de Pontes

"Só o amor constrói pontes indestrutíveis."
Chorão.   

               
                Somos imperfeitos. Ora certos, ora errados. Podemos tranquilamente ser pegos naquilo que mais condenamos e, sem vergonha de ser feliz, voltar e partir de onde paramos.

              Somos o tempo todo vencidos por nós mesmos. Pela nossa vontade de ser, de se impor, de mostrar como somos bons, de mostrar com nossas ações os defeitos dos outros...

               E ao corar de vergonha quando somos quebrantados o suficiente pra perceber que o que mais odiamos é o que mais temos? Que podemos e temos a oportunidade de retribuir com a mesma moeda, mas só de pensar em ter esse sentimento vingativo já nos sobe um arrepio, como se matássemos alguém só com o pensamento? Ah, quem dera!

               Quem dera se minha vitória com sabor de mel fosse compartilhada. Quem dera se o amor corresse em minhas veias, invadisse "por osmose" minhas células e transformasse meus genes rendidos à natureza de odiar, alterando o comportamento de cada célula nervosa, reproduzindo-se em minhas ações, que  por muitas vezes têm aparência de justiça, mas carrega um farto e suculento ódio!

                Como bem diz a Escritura: "Enganoso é o coração: quem o conhecerá?". Se o coração é enganoso, mais ainda são as máscaras que criamos. E maior ainda é a nossa repulsa, distância, ojeriza, auto-justificação, orgulho, soberba, isolamento do outro,  que se manifesta quando assumimos uma máscara a que damos o nome  de "sinceridade", só para fingirmos que não somos hipócritas como aqueles que preferem manter a política da "boa vizinhança". Também quando convidamos nossos "algozes" para as nossas "festinhas", com uma aparência de perdão, mas no fundo do nosso coração fizemos apenas uma vingança digna de Hollywood. Somos tão miseráveis como todos!

                E aí: ainda se sente justo? "O justo viverá pela Fé"!

                Um dia eu serei perfeito. Enquanto isto, quero aprender a ser construtor de pontes:  "Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união. Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz".

                 Nada como um dia após o outro para me ensinar que eu não devo ser vingativo. Nem como olhar para a face de Cristo, para que eu veja as mazelas que existem em mim. 

         

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