sábado, 6 de novembro de 2010

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos

Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.

Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I – “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.

II – “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu…”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão).

III – “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.

IV – “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo…
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar…
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem…

V – “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.

VI – “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.

VII – A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
…Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege…
… Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
… Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
… Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho…
…Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado…

VIII – DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
…mas eu paguei o preço.
…mas eu fiz por onde merece-la.
…mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha… Se você quiser, pague o preço como eu paguei.

IX – NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.

X – A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’.

Fonte: solomon1.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que temos a aprender com Jesus? Uma reflexão sobre a prática cristã.



"As atitudes que se esperam de qualquer Cristão resumem-se em uma só expressão: atos de amor."


Como cristão, tenho refletido sobre os diversos modelos de cristãos que temos hoje. Dos mais recatados aos que vão a baladas, festas e shows temos os mais diversos diversos modelos a se seguir. Para incrementar a diversidade de opções, observa-se ainda o aparecimento quase que diário de artistas e pastores gospel, que tornaram-se modelos para as tribos a que melhor se adequam.

Sem entrar no mérito de certo ou errado, adequado ou inadequado, proponho uma análise da característica primaz de Cristo: o amor. Na verdade, tudo o mais que se pode observar num cristão é conseqência do amor de Deus derramado em seu coração.


E como esse amor se expressa? Jesus por diversas vezes deu exemplos de como esse amor se expressa, ou melhor, a vida dele foi uma expressa imagem de Deus, e todos já sabem que Deus é amor! Os cristãos tem como principal versículo para a ação evangelística o famoso João 3.16, que diz:

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"

Temos em Jesus a maior expressão de amor que já existiu. Ele olhava o doente, o segregado e o rejeitado como os mais importantes, a ponto de morrer por eles. Ele incentivava o convite a mendigos e desprezados para participar de nossas ceias, e ele era despido de toda espécie de preconceito. Ele conseguia olhar além do estereótipo da adúltera, do coletor de impostos e do leproso. Ele os via como "ovelhas sem pastor" e queria ter a honra de servi-las, de cuidar delas. Se Jesus andasse entre nós hoje, de acordo com os relatos bíblicos, ele andaria com as pessoas mais desprezadas da sociedade, não como desencargo de sua consciência de Filho de Deus, fazendo boas ações momentâneas: ele teria palavras e atos que mudariam a vida das pessoas!

Num mundo como o nosso, onde o desejo de sucesso e riquezas tem sido o alvo de muitos membros da cristandade, onde vemos congregações fazendo batalhas espirituais financeiras, campanhas e mais campanhas de prosperidade (=enriquecimento), ainda há um lugar para aqueles que não aceitaram a Fé Cristã e, erradamente, a associam com esse tipo de de prática espúria, achando que todo o Cristianismo é pervertido e sujo. Sim! Há um lugar para você que sente maldade nessas práticas, que sente ódio quando vê o sofrimento de uns e a exploração por outros; há um lugar em Cristo! Ele é perfeito! Com ele estaremos despido de sentimentos perversos. Caminhando ao lado de Cristo, você será cada dia mais parecido com esse ser perfeito e divino.

E você não está sozinho! Existem muitos outros que desejam viver uma vida pautada nos valores de Cristo. Uma vida livre de preconceitos, de materialismos fúteis e de maldade. É claro que isso não é imediato nem concluir-se-á nessa vida, mas quanto mais perto desse padrão, que é Cristo, mas estamos crescendo como humanos e filhos de Deus!

"Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças’.
O segundo é este: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Não existe mandamento maior do que estes." [Marcos 12:29 e 30]