quinta-feira, 26 de junho de 2014

Sacerdócio Real.

Aula de Fábio Souza explicando nas Escrituras os princípios para que a igreja viva como um reino de sacerdotes, plano de Deus para seu povo desde Israel (Êx 19.6; 2 Pe 2.5; Apoc 5.9,10). Excelente aula!


Igrejas usam redes sociais para evangelizar jovens na Paraíba


De acordo com o IBGE, há mais de 1 milhão de pessoas com internet na PB.
Algumas postagens chegam a alcançar mais de 30 mil visualizações.

              

               Jovens religiosos na Paraíba usam cada vez mais a internet  para evangelizar. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), no estado há mais de 1 milhão de pessoas com acesso à rede mundial de comutadores. Por isso, jovens usam as redes sociais para divulgar mensagens religiosas. Um exemplo disso é o Grupo Ministério Jovem da Primeira Igreja Batista, localizada no Centro de João Pessoa.

               Há dois anos o grupo de jovens participa das redes sociais, como Facebook e Instagram, uma rede para postagens de fotos. Mecanismos que  trouxeram novidades na forma de evangelizar. Uma equipe de seis pessoas, todas com até 25 anos de idade, faz todos os dias a atualização de mensagens, fotografias e notícias.

                 De acordo com o pastor Martinho Júnior, há postagens que alcançam até 30 mil visualizações. “Você consegue massificar a sua proposta, você massifica  a sua ideia e alcança pessoas que dificilmente a gente teria acesso”, acrescentou.

               A Igreja Católica também aproveita os mais de 1 milhão de paraibanos conectados na internet para divulgar a doutrina e ampliar o número de fiéis. Um exemplo desse investimento é o grupo Exalta Aí. Formado por 15 jovens, o grupo faz uso das redes sociais há dois anos. Os jovens criaram conta no facebook, no instagram e usam o youtube para a exibição de vídeos. Danilo Vasconcelos é um dos que decidem como e o que vai ser postado.
          
               “Nós pegamos textos bíblicos e interpretamos para uma linguagem mais jovem e transmite isso para atingir principalmente o nosso público, que são os jovens, e levamos esse verdadeiro amor, que é Jesus Cristo”, explicou.

                Apenas no facebook são 4 mil amigos interagindo e 400 curtidas na fanpage, novidade incentivada pela igreja, como afirma o padre Pedro Targino. “A igreja vê com bons olhos as redes sociais, esses novos meios, que atingem os nossos jovens”, afirmou.

Fonte: http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2013/05/igrejas-usam-redes-sociais-para-evangelizar-jovens-na-paraiba.html

quarta-feira, 25 de junho de 2014

A Dinâmica dos dons do Espírito II


(Este texto é uma continuação de 'A Dinâmica dos dons do Espírito I')

Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,






1             3)    Em anos de igreja pentecostal e agora como membro de uma igreja local de convicções batistas, vejo o grande choque que existe entre o que a Assembleia de Deus chama de “dons de poder” e “dons de ensino”. Paulo enfrentou este problema em Corinto, a igreja dos dons, e teve que dar um “xabú” nos "irmãos do mistério" na época:

Se alguém pensa que é profeta ou espiritual, reconheça que o que lhes estou escrevendo é mandamento do Senhor.
Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.
1 Coríntios 14:37,40 

Mas também sobrou pro lado dos "conservadores":

Portanto, meus irmãos, busquem com dedicação o profetizar e não proíbam o falar em línguas.



O mesmo problema que ocorria em Corinto ocorre hoje: divisões por causa de diferentes ofícios. Temos então o grupo de Paulo, o grupo de Cefas, o 'grupo de Cristo' e os sortudos que bebem de todos (1 Coríntios 1. 11-13). Precisamos entender que, há dons distribuídos para o correto ajuste do corpo conforme as necessidades.

Tenho pensado sobre o que é esta unidade do Espírito, como ela funciona e como as divisões ocorrem. A única coisa que sei é que "unidade não se implanta, não se ensina: se gera". Também acredito que fórmulas humanas geram comunidades humanas, mas "comunhão" é algo do Espírito. E o Espírito opera em tudo e em todos (1 Coríntios 12.6)


                      
            O quesito agora é trazer para a nossa realidade o que já é realidade em Deus: que a multiforme sabedoria de Deus seja manifesta pela Igreja! Estudando essa dinâmica (e bendita seja a Internet) percebi que muitas comunidades adotam um modelo de viver uma uma ‘tolerância’ com cara de ‘unidade’. Unidade é algo do Espírito e Tolerância é o simples respeito às diferenças. Podemos ‘respeitar’ o ponto de vista do outro e conviver com ele: isso é tolerância e já existe nas relações sociais. E podemos viver como um “(...) corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” . Isso é unidade no Espírito!  Para viver esta unidade, o primeiro passo é desejar ir além da tolerância!

            No corpo de Cristo há uma diversidade de pensamentos e operações mas o Espírito é o mesmo! Essas operações diversas devem ser ajustados, de forma complementar, para o crescimento do Corpo:

"Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor. "
Efésios 4:15-16

            Duas coisas me chamam a atenção neste texto: 'todas as juntas', o que indica que todos os membros da igreja são úteis, até aqueles que "consideramos como menos honrosos" precisam ser enxertados no corpo, na videira, para que frutifiquem e 'segundo a justa operação de cada parte' (1 Coríntios 12.22-25) . O que significa que cada parte complementa a operação da outra:

Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
1 Coríntios 14:26


            A palavra 'edificação' vem da palavra grega oikodome e significa “edificar, construir”. Daí, o que Paulo quis dizer foi: ajuntem-se como igreja (assembleia, reunião) e cada um ministre algo, todos vocês! Um ministre com salmos, outro doutrina, outro revelação, outro interpretação das línguas. Façam isso tudo acrescentando tijolos à casa espiritual de Deus, a assembléia dos santos cujo nome está escrito nos Céus: a Igreja.

            Ao perceber isto, me sinto na necessidade de viver essa conjugação de ministérios, de formar redes de ministérios. Ministérios que não se contrapôem, mas que se complementam num mesmo propósito (isto é a 'justa operação de cada parte'). Irmãos que não APENAS se toleram, mas se amam a ponto de dar a vida pelos outros (1 Jo 3.16).

            Para isto, o Espírito precisa nos dar ouvidos para ouvir uma voz profética e segui-la. O mesmo Espírito nos dará doutores que indiquem um padrão correto, para que não nos desviemos do padrão do mandamento. Os operadores de milagres farão a sua parte. Todos se amam de tal forma, pelo Espírito, que conseguem ouvir pra onde devem ir juntos!
         
            O que eu percebo disto, é que preciso sair da teoria e ir para a prática. Deus já nos deu a revelação do que Ele deseja e está bem à nossa frente. A nós, nos cabe sair e viver isso. A nós nos cabe ir além da nossa visão de paredes e cargos para enxergar ministérios, irmãos e convívio. A nós nos cabe manifestar o corpo de Cristo e a criação anseia por isto! 

 

A Dinâmica dos dons do Espírito I




“E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.




            O corpo funciona bem porque o sangue leva nutrientes para as células. Esses nutrientes fazem com que os órgãos funcionem bem. A igreja, como corpo de Cristo, é alimentada pelo próprio Espírito Santo que conecta e dá vida aos órgãos do corpo. Sem Espírito, sem vida.
            Nos últimos tempos houve um despertamento quanto ao uso dos dons. Mike Shea fala sobre isso, alertando sobre a confusão em torno dos dons. Recentemente, assisti um vídeo de Andersom Bonfim falando sobre o foco na titulação (“eu sou apóstolo”, “você é profeta’) ao invés de no “ser”´.  Deus derramou dons que servem para que o corpo de Cristo se mova pelo próprio Espírito.
            Coríntios é a carta para orientar uma igreja que deseja crescer em dons. Paulo fala de muitos aspectos interessantes e que merecem nossa total atenção.

1)    Existem dons e eles precisam ser buscados (1 Cor 14.1)
2)    Existe uma ordem de proeminência;
3)    Há um equilíbrio a ser buscado entre o dom de profecia e o de mestre;
4)    O amor é o dom mais importante de todos.

1)    Existem dons dados por Jesus que a Bíblia chama de ”o Ministério” (apóstolos, profetas, mestres, pastores e doutores) [Efésios 4.8-15; Efésios 12.5).  São dons diretivos, digamos que dos “remadores” (é isso que significa a palavra ministro) “o Ministério” são os direcionadores. São os que orientam a direção do barco (corpo de Cristo) para onde a igreja local vai direcionar seus ministérios de forma coesa e sob a direção do Espírito. Nas igrejas de Atos haviam os dons em maior ou menor número, isso dependia de como o Espírito do Senhor distribuía.
·         Em Antioquia havia pastores e mestres. Enquanto cultuavam, o Espírito Santo mandou que separassem Barnabé e Paulo (Atos 13.1, 2);
·         Em Jerusalém e em outras a igrejas a direção cabia aos apóstolos e aos “anciãos” (presbíteros) que eram nomeados pelos Doze ou pela própria igreja (Atos 14.23; Atos 15.2,6);

2)    Paulo deixa claro que EXISTE UMA ORDEM no exercício dos dons. Não uma ordem de autoridade, como se os apóstolos estivessem acima dos profetas, mas de NECESSIDADE.

(Continua no próximo texto)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

REPOSICIONAMENTO

Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,
Colossenses 1:13

                Meu pai tem extrema dificuldade em entender a dinâmica de um computador. Já ensinei a ele inúmeras vezes como salvar e anexar um documento em um email, mas explico com toda a paciência com que ele me ensinou tudo o que eu sei hoje. Mas eu e minha irmã sempre rimos quando nossos pais nos pedem para "rebobinar" o DVD ou "gravar uma fita".

                Dei este exemplo só para mostrar como meus pais usam termos de uma dimensão épica em outra. Da mesma forma se dá com o "novo nascimento". Como diz um daqueles hinos antigos bem esclarecedores "eu era cego, perdido, sem Deus, sem Jesus, quando estendeu Suas mãos para mim."

                 Nascer de novo é diferente de "tornar-se evangélico", "deixar de ser pagão" ou seja lá o que queira chamar. Literalmente é uma mudança de mundo! É sair das trevas e ir para o Reino do Filho. É morrer neste mundo e nascer para o Reino de Deus

Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.
         Romanos 6:10-11 

                 Quando alguém muda de religião ela adota princípios e práticas daquela religião. Alguns nem mudam. Conheço pessoas que nunca fumaram e nem beberam e muito menos cheiraram cocaína, mas convertem-se a Deus para uma nova vida. Antes de convertidos eles já se "comportavam", mas sua natureza ainda se inclinava para o "reino das trevas". 


O que é o Novo Nascimento então?


Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de
 onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
       João 3:5-8


Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar, porque é nascido de Deus.
Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.
             1 João 3:9-10

                              
               A natureza de Deus traz uma compreensão de uma outra realidade. Uma mudança de cosmovisão. Não é sair acusando os pecados do resto da humanidade, pois o "Filho não veio para condenar o mundo, mas para ser salvo por ele"; O convertido assume a natureza do Filho de Deus para ser filho de Deus. Como disse Paulo, "ja não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim".

                Os desejos, os projetos, as direções do filho gerado segundo a natureza do Pai passam a figurar e confluir para o que o Pai quer que ele faça. Daí, ele passa a observar Jesus, o Filho de Deus

"Mas Jesus respondeu, e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer o Pai; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente. "
João 5:19 


                E é aí que habita o mistério: o Filho faz o que o que o Deus Pai faz. O filho faz o que vê o Filho fazer porque sabe que o Filho faz o que o Pai faz. Assim se destacam os "filhos do reino" dos "filhos do mundo". Não é porque eles modificam hábitos (parar de beber, fumar, adulterar) mas eles têm uma NOVA NATUREZA. É algo que não vem da vontade humana

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne (humana), nem da vontade do homem, mas de Deus. João 1:13

                  Mudar de religião é uma decisão que qualquer pessoa pode tomar em qualquer fase da sua vida. Deixar de fumar, beber e adulterar também. Mas nascer de novo NÃO DEPENDE DE VONTADE HUMANA!  Não é uma decisão humana, mas de Deus:


E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.
Mas já vos disse que também vós me vistes, e contudo não credes.
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 6:35-37

                 
                    Jesus disse que TODOS O QUE O PAI DÁ VÃO A ELE. Não depende de uma decisão humana, faço questão de frisar, mas de Deus!

                     Se você ainda não tem certeza se experimentou o Novo Nascimento é um sério indício de que não recebeu o Espírito, pois ele testifica que somos de Deus. Ou não tem deixado que ele opere a vida de Deus em você. Ore a Deus por uma natureza nova, que te deixe livre para, como o vento, seguir para onde o Pai te mandar segundo a voz dEle. A nova natureza não vem de homens, mas de Deus!


UM SÓ CORAÇÃO/ ESPÍRITO NOVO

 

Postado por Fabio Souza 

               Tenho percebido que temos sido conduzidos para uma obra nos nossos corações. Creio que estamos nessa etapa, em que temos conhecido os nossos corações, e tem sido difícil lidar com ele e sincronizá-lo com a mudança que temos tido em nossas mentes em relação a uma liberdade que tem sido promovida pela busca do conhecimento da verdade. Verdade que não está baseada em ideias e conceitos, mas em uma pessoa , o Filho de Deus. É a vida em Cristo (O Ungido) sendo desenvolvida em nós, a Torah cumprida.

“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.” (Deuteronômio 8:2)

“as grandes provas que os vossos olhos viram, os sinais e grandes maravilhas; porém o Senhor não vos deu coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje.” (Deuteronômio 29:3-4)

Mas nos dias de hoje diz… “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne;” (Ezequiel 11:19)


Conhecê-lo

               Nossa jornada será sempre conhecer nossos corações, conhecendo quem somos e uns aos outros, e querer conhecer ao Pai, por meio do Seu Espirito. A melhor palavra é sincronizar.
               O hebraico não possui a palavra que signifique cérebro. A palavra mais comum usada em lugar de mente é coração, leb (1 Sm 9.19; Is 46.8).

               O coração é considerado sede do intelecto, bem como da vontade e das emoções. O hebraico antigo não supunha que as pessoas pensavam com a mente, sentiam com as emoções e tomavam decisões com a vontade. Todas essas atividades eram desempenhadas pela pessoa integralmente

               Conhecer a Deus significa ter um entendimento intelectual de quem ele era tendo um relacionamento pessoal e emocional com ele e sendo obediente à sua aliança e aos seus mandamentos. (Jr 22.15-16)

               Não conhecer a Deus não significa necessariamente ignorância acerca de Deus; às vezes significa falta de disposição para obedecer a ele.

               Conhecer também significa ser reconciliado com ele. Ele fez isso por nós mediante a morte do seu filho em nosso lugar (Rm 5.10-11;2 Co 5.15-21).

               Israel experimentou sua presença e atividade, e ouviu sua voz na história de seu passado como nação. E também  experimentou na experiência pessoal, no culto, na teofania (uma aparição de Deus com o propósito de transmitir uma mensagem – chamar um profeta, fazer uma aliança ou promessa), no ouvir, no pronunciar de uma palavra profética, em sua consciência moral, na lei e nas ordenanças.

               Queremos conhecê-lo, experimentar sua presença e atividade e ouvir sua voz. Todas as vezes em que isso era extinto de meio do povo, em Israel, era porque faltava um relacionamento de apego à sua aliança para com ele baseado em seus mandamentos. Assim é conosco também.

Um coração novo

“Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne;” (Ezequiel 11:19)

               Essa porção das escrituras me posiciona no que o Pai está fazendo por esses dias. Aqui diz que Ele quer nos dar um só coração, e isso que dizer uma unidade de coração. Coração voltado para Ele, mudando de um tipo para outro tipo, de pedra para carne. Interessante é Ele querer tirar da nossa carne um coração de pedra para nos dar um de carne…

               Carne aqui não está num contexto de carnalidade e sim de mente renovada, recebendo novas coisas, vivendo coisas novas. Mas um coração de pedra está apontando incredulidade, desobediência em relação a vontades. E o coração carne está identificando um coração inclinado a aprender, que é ensinável, em algumas vezes a ser forte, fortalecer que resume em uma nova ação.
           
               E está condicionado ao coração de carne o espirito que vem entre nós como resultado dessa nova ação. Esse espirito está relacionado com:
Entusiasmo, vivacidade, vigor, coragem, disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável, espírito profético, desejo, que inspira o estado de profecia extático, que impele o profeta a instruir ou admoestar, que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo, que capacita os homens com vários dons, como energia vital.

Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne.  Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” (Ezequiel 36:26-27)

              É o processo para recerbermos a presença do Seu proprio Espírito para o conhecermos. Para conhecermos a sua presença e atividade e ouvir sua voz.

“Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração.” (Jeremias 24:7)

“Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.  Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei.  Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.” (Jeremias 29:11-13, RAStr)

 "e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.  Vendo Jesus que ele havia respondido sabiamente, declarou-lhe: Não estás longe do reino de Deus. E já ninguém mais ousava interrogá-lo. ” (Marcos 12:33-34)

Cria em mim

                Davi alcançou isso quando orou no Salmo 51.10-13: Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. 
 …Cria em mim, ó Deus, um coração puro… – Coração em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6.5), dos sentimentos (1Sm 1.8) e da vontade (Sl 119.2).

                 A palavra criar também está relacionada com fazer, formar e estabelecer. Essa palavra no hebraico é bara ( ארָבָ ), que quer dizer criar do nada. Uma obra totalmente advinda de um poder superior. Davi pede pra Deus fazer, formar e estabelecer um intelecto, sua metodologia, sua forma de pensar; Seus sentimentos de como perceber e como se relacionar; e de vontade o que deve ser feito.
…renova dentro de mim um espírito inabalável… – espírito literalmente firme, forte e não ceder à tentação. Um espírito livre, disposto a cumprir com a lei de Deus, para salvar o salmista, em uma vida reta.
Não me repulses da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário… Ele não queria perder o fervor e a correspondência de Deus à sua busca, tudo isso para que ele pudesse ensinar aos transgressores os caminhos, e os pecadores se convertessem

Vamos clamar!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O Caminho de Volta- O Filho Pródigo em todos nós.

SUA IGREJA ESTÁ MORRENDO?

    







Pecados mortais estão em ação.
Se você teme que sua igreja esteja morrendo, pare de procurar culpados e comece a assumir a responsabilidade.
Primeiro, as boas notícias. A Igreja é o Corpo de Cristo. Ela não pode morrer. Sua cabeça é o Cristo ressurreto, o Rei de tudo que há e que há de vir. Ele leva seu povo, de um a um, para a glória eterna ao morrerem, para de lá esperar [aqui as palavras falham: como você espera por algo quando o tempo já não existe?] pelo dia do Senhor, “quando o céu e a terra serão um”.
Segundo, não são nem boas nem más notícias que sua igreja local possa morrer, porque isto não é nenhuma novidade. Sua igreja é uma comunidade de mortais; se eles morrerem e não forem substituídos, a igreja estará morta naquele local. O meio oeste rural norte-americano está marcado de cemitérios com nomes de igrejas locais que já não mais existem.
Algumas destas igrejas não morreram, na verdade. As pessoas vivas mudaram, mas sensivelmente deixaram o cemitério para trás. Isso pode ser triste, mas é uma parte da ordem natural da terra e geralmente fica tudo bem – se as pessoas foram cristãs em suas atitudes e comportamento durante a crise.
Agora vem as más notícias e elas são muito más. Uma igreja local pode morrer pela ação do inimigo – algumas vezes de fora, mas eu percebo por longa experiência que geralmente é de dentro.
Durante o processo de morte, muitos dos membros da igreja se tornamexperts em nomear e culpar os inimigos de dentro e de fora da igreja. Eles geralmente ficam chocados e feridos ao descobrirem que fazem parte da lista de inimigos que outras pessoas estão fazendo, quando estão apenas pensando no bem da igreja!
Naturalmente, é inerente à expertise que os experts não concordem uns com os outros. Tem sempre um outro modo de ver as coisas. Neste aspecto, uma igreja que está morrendo se assemelha a um tribunal criminal no qual tanto a promotoria quanto a defesa apresentam depoimentos arranjados de “especialistas” para sustentarem o argumento. Em vez de lutar contra a enfermidade terminal que é o inimigo comum da igreja, terminamos lutando uns contra os outros.
Mesmo pessoas boas preferem apontar culpados do que assumir responsabilidades; eu conheço minhas próprias tentações a este respeito. Somos piedosos, auto-confiantes e seguros o bastante para lançar nosso peso ao redor em defesa da tradição da verdade. Temos boas intenções. Em meu próprio caso, levei a sério as palavras de minha filha quando ela observou, no meio de uma disputa de igreja: “Estou cansada de pessoas com boas intenções!” Fazer o certo sempre triunfa sobre as boas intenções.
Alguns descrentes com discernimento conseguem enxergar nossas reais motivações. Os chefes dos sacerdotes dos judeus eram alguns dos melhores homens no mundo de seus dias e Pôncio Pilatos era um dos piores; mas quando os chefes dos sacerdotes trouxeram Jesus a Pilatos, esperando uma sentença de morte, Pilatos viu que estes bons homens não tinham razão.“Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus? “, perguntou Pilatos,sabendo que fora por inveja que os chefes dos sacerdotes lhe haviam entregado Jesus.” (Marcos 15.9-10 ênfase minha)

Inveja matou Jesus? Soa trivial, mas por que não? É um dos sete pecados mortais. Todos eles são assassinos se persistirem sem que haja arrependimento; este é o significado de mortal. Os pecados mortais matam. Cristãos e igrejas são espectadores ameaçados. Você não precisa procurar por razões sociológicas ou psicológicas quando um ou mais dos pecados mortais estiverem ativos em seu meio. Você não pode confessar os pecados de outras pessoas (que é o que acontece quando se tenta apontar e culpar), mas você deve confessar seus próprios se a igreja irá recuperar de seu estado terminal.
Aqui estão os sete, caso você necessite ser lembrado.
  • Orgulho, quando se age em auto-justificação e determinação de fazer prevalecer seu próprio modo porque é o seu modo.
  • Inveja, quando você está insatisfeito com seu lugar na igreja e age a partir de sua insatisfação para subverter aqueles que estão no lugar que você deseja estar.
  • Glutonaria, quando você é consumido pelo seu consumo e fica sem tempo, energia ou vontade para mais nada.
  • Cobiça, quando seu desejo físico por outro é sem amor e egoísta.
  • Ira, quando direcionada para ferir e destruir a você mesmo ou outros.
  • Avareza, quando seu único alvo é mais para você mesmo.
  • Preguiça, quando não se está nem aí.
Pogo já foi citado inúmeras vezes: “Nós encontramos o inimigo, e ele somos nós.” Se sua igreja estiver morrendo, talvez seja sua vez de citá-lo.
Por Everett Wilson/Sandro Baggio(242)

O que falta à Igreja Brasileira.



Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus,
Segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor,
Efésios 3:10-11


  E se uníssemos:


                 O fervor dos pentecostais com a moderação e bom senso dos históricos?

                A submissão ao Soberano dos calvinistas com a certeza de que sempre há esperança dos arminianos?
               
                O respeito com os estudos e a teologia dos tradicionais com a dinâmica dos renovados?
               
                O empenho em trabalhar para o bem da nossa era até que Cristo governe em tudo dos pós-milenistas  com “o tempero” de que só o retorno do SENHOR trará plena restauração de todas as coisas dos pré-milenistas?

                O trabalho pela transformação social da Missão Integral com a intercessão profética de um movimento que não tem nome?

                A liberdade, a paixão e o desejo por um relacionamento profundo com o Pai dos ‘adoradores  extravagantes’ com a sensatez e o conhecimento das Escrituras dos ‘blogueiros’?

                O modelo de gestão administrativa dos batistas com a vigilância à comunhão e à unidade do Corpo na igreja primitiva?

                A fé milagrosa dos neo-pentecostais (só isso!) com o entendimento de 'milagre' dos demais grupos?

                E joga tudo da Teologia da Prosperidade fora!

 

 

 http://www.youtube.com/watch?v=54MPV2u877c


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Trabalho e Espiritualidade



Por Pedro Arruda



"O valor espiritual do trabalho não está exatamente no que
fazemos, mas prin­cipalmente na motivação com a qual o fazemos."
  
Origem do Trabalho
 

               De maneira geral, acreditamos que espiritualidade só combina com traba­lho se este for religioso, o qual classi­ficamos como o mais nobre de todos, seguido pelo filantrópico ou voluntário. Em razão disso, o trabalho que cha­mamos de secular tem uma conotação quase perversa, pois ele obsta nossos compromissos com Deus. Muitas pes­soas espirituais não vêem a hora de encerrar o expediente e estarem libera­das para participar de uma reunião de oração ou de um culto. Não são pou­cos os que se orgulham de faltar com as obrigações profissionais em favor das religiosas, pois entendem que o traba­lho secular não faz parte do contexto de servir a Deus.

                No entanto, ao atentarmos para a origem do trabalho, veremos que o valor espiritual do trabalho não está exatamente no que fazemos, mas prin­cipalmente na motivação com a qual o fazemos. Para tanto, devemos consi­derar Deus como o autor do trabalho, pois foi ele quem o deu ao homem. Dentro do plano original estabelecido no jardim do Éden, o homem deveria executar o trabalho exclusivamente para Deus, conservando a imagem e a semelhança divinas e portando a gló­ria do criador (Gn 1.26-28).
              
               Assim sendo, cultivar e guardar o jardim, nomear os animais e domi­nar a terra eram tarefas que estavam dentro desta perspectiva original (Gn 1.28; 2.15,19). Era o sacerdócio de Adão. Interagir com a criação, de uma maneira geral, produzia assuntos para os momentos de comunhão com o Senhor e ainda proporcionava o desen­volvimento ao homem. Em meio a isso, ele não precisaria preocupar-se consigo mesmo, pois todo o necessário ao seu sustento a terra produzia naturalmente. Desde então seguia um ciclo de seis dias de trabalho e apenas um descanso.

O Trabalho Depois do Pecado

               Com a tragédia do pecado, o homem passou a ter a necessidade de trabalhar para si próprio para se sus­tentar, além de contar com a adver­sidade da terra (Gn 5.16-19). Com a contínua degradação, uns passaram a trabalhar para outros e, com isso, o trabalho também se transformou num instrumento de opressão nas mãos daqueles que começaram a acumu­lar bens. Sem perceber, ao vender seu trabalho, o homem vendia também a si próprio. Como conseqüência do pecado, o homem deixa de trabalhar para Deus e passa a trabalhar para si mesmo. A ação libertadora do traba­lho, que o trabalho traz em si quando feito para Deus, passa a ser opressora quando realizada a favor do homem.
               
É trabalhando que o homem passa as melhores horas dos melhores dias de sua vida. Se isto não for feito para Deus, que grande desperdício será nossa vida!
    
               Jesus resgatou o conceito do tra­balho para Deus. Ensinou que os lírios do campo não tecem nem fiam, mas que nem Salomão, em toda a sua gló­ria, se vestiu como um deles; que os pardais não precisam se preocupar com a segurança, pois Deus cuida deles (Mt 6.26-54); que, em contrapo­sição, o louco, pelo fato de abarrotar seus celeiros, pensou que podia des­cansar a sua alma (Lc 12.16-21); e que os vinhateiros que assassinaram não só os enviados pelo dono da vinha, mas também o próprio filho dele, imaginavam que podiam apossar-se da herança (Mt 21.55-41). Em meio a tudo isso, Jesus confrontou os legalis­tas afirmando trabalhar porque o seu Pai também trabalhava continuamen­te; aprovou a colheita de espigas pelos seus discípulos no dia de sábado e ainda fez curas nesse mesmo dia (Mt 12.1-15; Jo 5.17). O importante para Jesus não era quando, mas para quem se trabalha.

Neemias: trabalho na reconstrução dos muros
de Jerusalém.
        
              Também sabemos que vão é o trabalho da sentinela, se o Senhor não guardar a cidade; como vão é o traba­lho dos edificadores, se o Senhor não construir a casa (SI 127.1,2). Em Isaías, lemos que desde a eternidade não se ouviu de um Deus como o nosso que trabalhe para aquele que nele espera (Is 64.4). Quando Davi se propôs a cons­truir uma casa para Deus, o resultado foi que Deus se propôs a construir uma casa para ele (2 Sm 7.11).

              Com todos esses exemplos, apren­demos que Deus quer trabalhar por nós e, ao mesmo tempo, espera que trabalhemos por ele. Esse era o prin­cípio do trabalho antes do pecado. Trabalhar de acordo com o verdadeiro objetivo do trabalho, isto é, para Deus, é estimulante e acrescenta tesouros valio­sos sem corrosão da ferrugem, enquan­to que trabalhar para nós mesmos ape­nas causa fadiga e não acrescenta nada à nossa vida, que se resume numa roti­na de enfado e vaidade. Também Paulo ensina aos tessalonicenses que quem não quisesse trabalhar também não deveria comer (2 Ts 5.10) e aos efésios que deveriam trabalhar com as próprias mãos para ter o que repartir com os que necessi­tassem (Ef 4.28). Igualmente encontra­mos esse apóstolo recomendando aos servos – perfeitamente aplicável aos empregados nos dias de hoje – que considerassem o trabalho como se fosse para Deus e não para o patrão humano (Cl 5.22-25). Por outro lado, os senhores – patrões e chefes atu­ais – não deveriam se sentir absolu­tos, cientes que estavam debaixo do mesmo senhorio do servo, ou seja, de Deus (Cl 4.1). Tanto um como outro prestarão conta ao mesmo Senhor.

               Vemos, então, a insistência de que o trabalho deve ser sempre para Deus, quer na condição de empregado, quer na de empregador. No livro de Êxodo (51.1-11; 55.50-56.1,8), vemos que Deus habilita pessoas para atividades como de costureiro, ourives, projetis­ta e outras que seriam consideradas seculares por nós. Portanto, diante de Deus, não há um trabalho mais nobre que o outro; o importante é para quem trabalhamos. Ou seja, podemos servir a Deus com nossas profissões tanto quanto se fossem um ministério. Enten­do que seja mais certo pensar na nossa profissão como ministério do que no nosso ministério como profissão, pois dessa forma estendemos a santidade para o meio secular, enquanto que de outro modo impomos a secularização aquilo que é sacro.


Trabalho e Sacerdócio
O Novo Testamento convoca todos ao sacerdócio (1 Pe 2.9), inde­pendentemente de sua profissão: pescador, cobrador de impostos, pro­fessor, mecânico, pedreiro, empresá­rio. Muito embora saibamos disso, é difícil aceitar, pois nos parece que o pastor e o bispo são mais sacerdotes que o lixeiro. Ora, Adão, ao cultivar o Jardim do Éden, o fazia ao Senhor, e isso era o seu sacerdócio.
               Em contraste com o sistema atual de organização das igrejas, que separa as pessoas em clero e leigas, sempre é bom lembrar que o Novo Testa­mento, apesar de reconhecer lideran­ças, não trata os demais como leigos. Aliás, segundo nos lembra R. Paul Stevens, no livro Os Outros Seis Dias, as duas expressões gregas “laikos” e “idiótés”, usadas como depreciativas e traduzidas como leigo, não são apli­cáveis de fato aos cristãos. A primei­ra, com o sentido de “pertencente ao povo comum”, não é encontrada no Novo Testamento. A segunda, usada em contraposição a perito ou espe­cialista, aparece duas vezes: pelos membros do sinédrio que, surpresos, constatam a pregação poderosa dos apóstolos Pedro e João, que eram pes­soas comuns e sem instrução (idiótai – At 4.13); e por Paulo para se referir à pessoa fora da igreja, que adentra uma reunião e não consegue compre­ender as línguas estranhas ali faladas (1 Co 14.23).

              Portanto em nenhuma ocasião cabe ao cristão a conotação de leigo. Quando se refere à multidão ou à nação de Deus, o termo aplicado é laos, incluindo a liderança. À medida que se passou a distinguir o clero, por conseqüência surgia o leigo ou laica- to, o trabalho religioso e o secular e, a exemplo de outras culturas, o poder religioso associado com o poder políti­co e econômico.
"À medida que se passou a distinguir o clero, por consequência
surgia(...) o trabalho religioso e o secular."

              (...)

              Se pretendemos trabalhar para Deus, precisamos considerar se o que fazemos ou vamos fazer está em conformidade com a vocação para a qual fomos por ele chamados. Este deve ser o principal fator a ser levado em consideração para nossa profissão e não o mercado de trabalho ou o desejo de terceiros. Preci­samos ter em mente que num mundo com tanta diversidade, igualmente diver­sas devem ser as profissões. Por isso, não se pode conceber que no conceito divi­no algumas profissões possam ser mais importantes que outras, ao contrário da valorização que os homens atribuem, quer do ponto de vista econômico, reli­gioso, político etc.

             Diante disso, é preciso saber como servir a Deus diretamente através do trabalho, com a atitude correta que nos faça sentir essa realidade. Não é somente quando se consegue um espaço para fazer uma reunião de evangelismo ou orar junto com outros colegas que se contribui para o reino de Deus no ambiente de trabalho. Tampouco o dízimo do meu salário é o único resultado espiritual desse meu esforço.

Nunca podemos esquecer que a maneira como executamos nossas tarefas denuncia a atitude que temos em nosso coração.

Devemos procurar entender a von­tade de Deus e se Cristo está em nós e nós nele, então tudo, absolutamente tudo, deverá ser em obediência ao Pai. Se o Pai nos deu o trabalho é porque dele temos necessidade; logo, se o faze­mos em atitude correta, isso redundará em santidade e glória para o Senhor, não nos cabendo sentimentos de culpa por imaginarmos que tal trabalho possa nos privar de uma atividade religiosa.
Parte deste artigo foi inspirada pelo conteúdo do livro “Os Outros Seis Dias-Vocação, Trabalho e Ministério na Perspectiva Bíblica”, R.Paul Stevens, Ed. Ultimato, 2005