quinta-feira, 25 de agosto de 2011

MINISTÉRIO [Série "Termos Vazios" IV]

Termos “Vazios”


Termos “Vazios” são uma série de termos ostensivamente empregados no meio evangélico , extraídos da Bíblia, mas tratados de maneira superficial, confusa ou por demais supersticiosa. O objetivo desse estudo é trazer uma reflexão biblicamente fundamentada sobre nossas práticas e uma bela compreensão do que Deus deseja de seus filhos.


Termo Vazio IV




MINISTÉRIO


O Termo ministério é usado, atualmente, para designar todo o tipo de coisa. Desde nomes de igrejas [ou comunidades dita evangélicas] até bandas, empresas [com fins lucrativos], etc... É um termo que caiu tanto no uso que hoje é apenas um “sacralizador”, um termo que dá um adjetivo “espiritual” a outro termo [por exemplo: há uma grande diferença entre uma banda de louvor e um ministério de louvor, não é mesmo?].

O termo “ministério” não é usado tão ostensivamente na Bíblia quanto o é nos dias atuais. A palavra “ministério” tem a mesma origem na palavra diáconos e indica “serviço”. Logo, ministério é um serviço prestado a alguma coisa ou alguém.


Mas, quantas vezes os Ministérios tem sido modelados para apresentar trabalhos, ostentar nomes pessoais, projetar sonhos particulares e não para servir pessoas. Fil 2.3-7 mostra a postura de Jesus, que sendo em forma de Deus não tomou isso como motivo de ostentar-se, mas tomou a forma de SERVO [escravo, diácono, ministro]. Por isso, no serviço, devemos considerar os outros SUPERIORES A NÓS MESMOS. Em nossos ministérios somos tentados todos os dias a fazer a nossa vontade, a projetar nossos sonhos. Mas devemos orar para ter a mesma noção de Jesus em considerar as pessoas alcançadas pelo nossos ministérios, superiores.


O Ministério tem outro fim proveitoso. Falando especificamente sobre o ministério diretivo [pastores, profetas, doutores], Paulo adverte em Ef 4. 11-16 que estes devem ser exercidos “visando o amadurecimento do corpo”. Nosso Ministério tem se preocupado em tornar as pessoas mais maduras, mais íntimas de Cristo? As pessoas têm crescido através do nosso Ministério? Um Ministério de música, por exemplo, tem se preocupado com os aspectos doutrinários do louvor ou apenas com aspectos técnicos, que alegram somente os que os executam?


Ser ministro é servir! Se desejas ser ministro, aprendas primeiro a ser um escravo, a viver para fazer o outro feliz. Não é assim que observamos em nosso mestre, Jesus?

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

TERMOS VAZIOS - ESTUDO I - BÍBLIA

Termos “Vazios”



Termos “Vazios” são uma série de termos ostensivamente empregados no meio evangélico , extraídos da Bíblia, mas tratados de maneira superficial, confusa ou por demais supersticiosa. O objetivo desse estudo é trazer uma reflexão biblicamente fundamentada sobre nossas práticas e uma bela compreensão do que Deus deseja de seus filhos.



BÍBLIA

Cometem ledo engano aqueles que querem descartar a teologia e desprezar a doutrina na busca do avivamento. Desprezar a doutrina é dinamitar os alicerces da vida cristã. Desprezar a doutrina é querer levantar um edifício sem lançar o fundamento. Desprezar a doutrina é querer por um corpo de pé e em movimento sem a estrutura óssea.(...)


Vida sem doutrina gera misticismo e experiencialismo subjetivista. Avivamento sem doutrina é fogo de palha, é movimento emocionalista, é experiencialismo personalista e antropocentrista. Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado na Palavra. O avivamento precisa estar norteado pelas Escrituras e não por sonhos e visões. Precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivistas, muitas vezes feitas na carne.”

Vivemos hoje na dita “geração de adoradores”. Por ser uma expressão vazia nem mesmo os seus defensores sabem explicar porque essa geração é a geração dos adoradores e as outras não.


De fato, como professou João Alexandre, somos pastoreados por “cantores que não conhecem nada de Bíblia”. Infelizmente, muitos líderes vão pelo mesmo caminho. A experiência de crescimento das Igrejas Evangélicas no Brasil tem feito aparecer movimentos, bandas e igrejas com ideias [chamadas de visões] cada vez mais distantes do que Deus quer para seu povo. E o que Deus quer para o seu povo?


Ah, essa é a pergunta que encontra as respostas mais absurdas! É incrível como os cristãos brasileiros param em frente à televisão para apreciar e receber a unção financeira trazida por um baixinho gordinho que implora uma oferta de R$900,00, ou ainda um cantor que nos ensina a esperar o arrependimento e a humilhação do irmão que te viu passar na prova e não te ajudou, mas tem dificuldade em compreender o “amai a vossos inimigos, fazei [e desejai] o bem aos que vos perseguem”.


Somos fãs dos profetas, dos ministros de louvor e odiamos doutrina! Os cultos doutrinários são frios, assim como as EBDs. Preferimos as reuniões de “adoração”, os pulos, as danças, os gritos!


Mas, para a minha sorte, por uma boa tradição alguns textos bíblicos ainda são lidos nos cultos. Então, muitos cristãos ainda entendem que a Bíblia traz tudo o que Deus requer de nós. Então, lá vai: Faça, nos próximos 28 das o “teste de Atos”. Leia Atos e anote todas as similaridades entre as atividades da sua igreja e a Igreja de Atos. Quais eram as principais atividades da Igreja de Atos? Que prioridades ela tinha?


Ah, irmãos. Conhecemos mais os cds da época gospel do que nosso livro sagrado. Isso não nos corta o coração? Que avivamentos são esses que põem a Palavra de Deus como um mero acessório, e nossas metas são traçadas como base em unções, visões, mensagens “apostólicas”, sonhos “proféticos? Será que O Livro finalmente ficou velho? Quantos sermões ouvimos por aí onde, no máximo são citados cinco trechos da Bíblia e todos fora de contexto?


A Bíblia tem sido o centro das nossas reuniões? Estamos cantando mais do que ouvindo as Palavras de Vida Eterna? Então vamos rever nossos conceitos. A Bíblia É a Palavra de Deus e SEMPRE deve ter a prioridade em nossas reuniões. Deve ser nosso anelo de dia e de noite. Deve ser o alvo dos nossos sonhos e o delimitador das nossas metas. Sem Bíblia, tudo o que fazemos é vazio e sem Deus. “Para sempre, oh SENHOR, a Tua Palavra permanece no Céu”!


Os falsos Avivamentos

           O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro AVIVAMENTO URGENTE, apresenta sete interessantes razões sobre o que não deve ser entendido como avivamento de verdade. Sou devedor ao dileto colega por suas pertinentes observações. Transcrevo-as quase que na íntegra.



2.1. Avivamento não é um programa agendado pela igreja.


           Avivamento não é ação da igreja, mas de Deus. Avivamento é obra soberana e livre do Espírito Santo. A igreja não promove e nem faz avivamento. A igreja não é agente de avivamento. A igreja não agenda e nem programa avivamento. A igreja só pode buscar o avivamento e preparar o caminho da sua chegada. A igreja não produz o vento do Espírito, ela só pode içar suas velas em direção a esse vento.


          A soberania de Deus, no entanto, não anula a responsabilidade humana. O avivamento jamais virá se a igreja não preparar o caminho do Senhor (5). O avivamento jamais acontecerá se a igreja não se humilhar. Sem oração da igreja, as chuvas torrenciais de Deus não descerão. Sem busca não há encontro. Sem obediência a Deus, jamais haverá derramamento do Espírito. Contudo, quem determina o quando e o como do avivamento é Deus. Ele é soberano. David Brainerd orou vários anos pelo avivamento entre os índios peles vermelhas no século XVIII. Aquele jovem, ajoelhado na neve, suava de molhar a camisa, em agonia de alma, em oração fervente, em favor daqueles pobres índios. Quando o seu coração parecia desalentado e já não havia prenúncios de chuva da parte de Deus, o Espírito foi poderosamente derramado e os corações se dobraram a Cristo aos milhares.


2.2. Avivamento não é mudança doutrinária.


          Cometem ledo engano aqueles que querem descartar a teologia e desprezar a doutrina na busca do avivamento. Desprezar a doutrina é dinamitar os alicerces da vida cristã. Desprezar a doutrina é querer levantar um edifício sem lançar o fundamento. Desprezar a doutrina é querer por um corpo de pé e em movimento sem a estrutura óssea.
          Não há vida piedosa sem doutrina. A doutrina é a base da ética. A teologia é mãe da ética. "Assim como o homem crê no seu coração, assim ele é" (Pv 23.7).
          Vida sem doutrina gera misticismo e experiencialismo subjetivista. Avivamento sem doutrina é fogo de palha, é movimento emocionalista, é experiencialismo personalista e antropocentrista. Deus tem compromisso com a verdade e a sua Palavra é a verdade e todo avivamento precisa estar fundamentado na Palavra. O avivamento precisa estar norteado pelas Escrituras e não por sonhos e visões. Precisa estar dentro das balizas da Bíblia e não dentro dos muros de revelações subjetivistas, muitas vezes feitas na carne.


2.3. Avivamento não é mudança litúrgica.


           Muitos crentes confundem avivamento com forma de culto, com liturgia animada, com coreografia e instrumental aparatoso.
      
           Louvor não é encenação. Não é mimetismo. Não é ritualismo. Não é emocionalismo. Não é apenas seguir formas pré-estabelecidas, como bater palmas, dizer aleluia, amém e levantar as mãos. Louvor não é pululância, gingos e dança (6). Louvor que apenas levanta as mãos para o alto, mas não as estende para o necessitado não agrada a Deus. A Bíblia ordena levantar mãos santas ao Senhor, num gesto de rendição e entrega (I Tm 2.8). Louvor em que a pessoa apenas saltita e pula, mas não vive em santidade, é ofensa a Deus. Louvor que apenas verbaliza coisas bonitas para Deus, mas não leva Deus a sério na vida é fogo estranho diante do Senhor.
        
           Louvor que não produz mudança de vida, quebrantamento, obediência e não leva as pessoas a confiarem em Deus, não é louvor, é barulho aos ouvidos de Deus. Assim diz o Senhor: "Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras" (Am 5.23).
          
           Hoje estamos vivendo a época dos shows evangélicos, dos show-men, dos animadores de programas religiosos, do "rock evangélico", das músicas badaladas por um ritmo sensual.
         
           Mais do que nunca é preciso tocar a trombeta em Sião e condenar a idéia de que precisamos imitar o mundo para atrair o mundo. A música do mundo tem entrado nas igrejas, para vergonha nossa e para derrota nossa. O louvor que agrada a Deus precisa ser em espírito e em verdade. O louvor precisa ser bíblico, senão é fogo estranho. Davi, no Salmo 40, versículo 3, fala-nos sobre as balizas do louvor que agrada a Deus: "E me pôs nos lábios um novo cântico, um hino de louvor ao nosso Deus; muitos verão estas coisa, temerão e confiarão no Senhor". Primeiro, vemos a origem deste cântico: "E me pôs nos lábios". Este louvor vem de Deus e não do homem. Segundo, vemos a natureza deste cântico: "E me pôs nos lábios um novo cântico". Não é um novo de edição, mas novo de natureza. É um cântico que expressa a marca da sua nova vida, liberta do tremendal de lama (v2). Terceiro, vemos o objetivo deste cântico: "... Um hino de louvor ao nosso Deus". Este cântico não é para entreter ou agradar o gosto e preferência das pessoas. Este cântico vem de Deus e volta para Deus. Deus é o seu alfa e o seu ômega. Quarto, vemos o resultado deste cântico: "Muitos verão estas coisas, temerão e confiarão no Senhor". O louvor bíblico leva as pessoas a temerem a Deus, a confiarem em Deus. O verdadeiro louvor leva as pessoas a se voltarem para Deus.


                O louvor não é um espaço da liturgia. Louvor é a totalidade da vida. "Bendirei ao Senhor em todo o tempo, o seu louvor estará sempre nos meus lábios" (Sl 34.1).


                À luz destas coisas, é preciso dizer que avivamento não é mudança litúrgica, é mudança de vida. Avivamento não é histeria carnal, é choro pelo pecado. Deus não procura adoração. Ele procura adoradores.


               Todavia, é preciso dizer que, embora o avivamento não seja mudança de liturgia, todo avivamento mexe com a liturgia. O avivamento desinstala a liturgia ritualista, cerimonialista, formalista, fria e morta e põe em seu lugar uma liturgia viva, alegre, ungida, onde há liberdade do Espírito, sem abandonar a ordem e a decência. Em épocas de avivamento, a liturgia é desingessada e o povo com alegria e liberdade do Espírito adora a Deus, em espírito e em verdade, sem regras rígidas pré-estabelecidas. Cada culto é um acontecimento singular, novo, onde há abertura para o que Deus deseja falar e fazer com o seu povo.

             Hoje existem muitos cultos solenes, aparatosos, pomposos, mas estão mortos. Disse J. I. Packer no seu livro "Na Dinâmica do Espírito": "Não há nada mais solene do que um cadáver. Há cultos solenes que estão mortos". Embora o avivamento não seja mudança litúrgica, todo avivamento muda a liturgia, tornando-a bíblica, alegre, ungida, dirigida pelo Espírito de Deus. Devemos clamar como os puritanos: "Queremos liturgia pura".


2.4. Avivamento não é uma ênfase carismática unilateral.


           Muitas pessoas hoje estão limitando o avivamento a milagres, curas e exorcismos, sem observarem a abrangência global da doutrina pneumatológica. Este é um sério perigo. Toda vez que super-enfatizamos uma verdade em detrimento de outra, nós produzimos deformações e distorções nesta verdade.


           Deus pode e faz maravilhas, curas e prodígios extraordinários quando Ele quer. Ele é soberano. Ninguém pode deter a sua mão. Ninguém pode ser o conselheiro de Deus. Ninguém pode instruir a Deus e dizer o que Ele pode e o que Ele não pode fazer. Ninguém pode obstaculá-lo nem ensinar-lhe qualquer coisa. Ele faz tudo quanto Ele quer, como quer, onde quer, quando quer, com quem quer. "Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade" (Ef 1.11). Ele não obedece à agenda dos homens. Ele não se deixa pressionar. Ele é livre.

          Entretanto, esta não é a ênfase do avivamento. A igreja hoje está correndo mais atrás de sinais do que atrás de santidade. A igreja hoje empolga-se mais com milagres do que com vida cheia do Espírito. A igreja hoje anseia mais as bênçãos de Deus do que o Deus das bênçãos. A igreja hoje busca mais uma vida antropocêntrica do que teocêntrica.


        Avivamento não é efervescência carismática. Uma igreja pode ter todos os dons sem ser uma igreja avivada. Avivamento não é conhecido pelos dons do Espírito, mas pelo fruto do Espírito.


       A igreja de Corinto possuía todos os dons, todavia, era uma igreja imatura e bebê espiritualmente. Naquela igreja profundamente carismática, havia divisões, cismas, brigas, partidos, contendas, imoralidade e irmãos levando outros irmãos aos tribunais mundanos. Havia falta de compreensão acerca do casamento e da liberdade cristã. Naquela igreja a ceia do Senhor estava sendo incompreendida, os dons estavam sendo usados erradamente, a ressurreição dos crentes estava sendo negada, e a cooperação financeira com os pobres negligenciada.


        É verdade que, em épocas de avivamento, os dons são buscados e exercidos para a glória de Deus e a edificação da igreja, mas a ênfase carismática não é sinônimo de avivamento.




2.5. Avivamento não é modismo.


        Muitos crentes, por desconhecimento, se posicionam contra o avivamento porque acham que ele é a mais nova onda da igreja. Acham que avivamento é uma coqueluche moderna e uma inovação sem nenhum respaldo bíblico e histórico.


        Certamente, aqueles que assim pensam não estudam com critério a Bíblia nem a história da igreja. Os pontos culminantes da igreja aconteceram em épocas de avivamento. Desde o Antigo Testamento que esta é uma verdade incontestável. É só olhar para os grandes despertamentos na época de Ezequias, de Josias e de Neemias. É só ver o grande avivamento em Jerusalém, em Samaria, em Antioquia da Síria e em Éfeso. É só ver o que Deus fez na Reforma do Século XVI, na Inglaterra, no século XVIII e em outros grandes avivamentos da história. Certamente, avivamento não é uma onda, não é um modismo. Ele possui firmes lastros históricos. Ele é nossa herança e nosso legado e deve continuar sendo nossa aspiração e nossa busca constante.


2.6. Avivamento não é uma visão dicotomizada da vida.


          Muitas pessoas, quando começam a buscar avivamento, saem da realidade e enclausuram-se nos castelos inexpugnáveis de uma espiritualidade isolada e monástica. Tornam-se tão "espirituais" que já não sabem mais conviver com a vida, isolam-se, fazendo da vida uma caverna de fuga. Querem sair do mundo em vez de serem guardados do mal. Dividem a vida entre sagrado e profano, corpo e alma, matéria e espírito. Acham que Deus está interessado apenas nas coisas espirituais. Acham que Deus só olha para a vida de trabalho na igreja, sem observar os negócios, a família, o trabalho, os estudos e a vida do dia-a-dia com o mesmo interesse.


          Esta não é a visão bíblica nem a visão do verdadeiro avivamento. Tudo em nossa vida é vazado pelo sagrado. Toda a nossa vida é cúltica. Todo o nosso viver é litúrgico. O grande avivalista John Wesley lutou pelas causas sociais na Inglaterra ao mesmo tempo que pregou sobre avivamento. Finney pregou ardorosamente contra a escravidão nos EUA no século passado ao mesmo tempo que foi o maior avivalista do seu país. João Calvino atacou com veemência os juros extorsivos em Genebra. O avivamento sempre traz profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e morais. O avivamento não leva a igreja à fuga, mas ao enfrentamento.


2.7. Avivamento não é campanha de evangelização.


         Não podemos confundir avivamento com campanhas evangelísticas. Avivamento é para a igreja, pessoas que já têm vida; evangelização é para o mundo, pessoas que estão mortas em delitos e pecados. Avivamento é para crentes nascidos de novo; evangelização é para pecadores inconversos. Na evangelização, a igreja trabalha para Deus; no avivamento, Deus trabalha para a igreja. Na evangelização, a igreja vai aos pecadores; no avivamento, os pecadores correm para a igreja. Na evangelização, os pregadores apelam aos pecadores; no avivamento, os pecadores apelam aos pregadores.












terça-feira, 14 de junho de 2011

Treinamento em Iaçu-UMP PRESBITÉRIO CENTRAL

      Não vou escrever muito dessa vez. Só deixar umas fotos do treinamento que fizemos [eu e Filipe] em Iaçu, interior da Bahia. A experiência de contribuir para a Mocidade Presbiteriana com relação ao Evangelismo, ainda que num treinamento bem rápido e sem "prático" foi muito boa! Fizemos muitos amigos e já estamos convidados para voltar no próximo encontrão da UMP [União da Mocidade Presbiteriana] do Presbitério Central. Não é a que agalera gostou da gente?

          Espero, pela Graça de Deus, reencontrá-los em Setembro, lá em Riachão do Jacuípe. Me alegrei ouvindo o testemunho da Ariana, a dedicação imitável do Johny, as palavras sábias do Rev. Jetro, as resenhas da Géssica e Milena, as rodas de discussão com aquela galera toda, a "indescritibilidade" da Priscila, a serenidade do Pb Marcus, a Irmã [Ana] Maria Braga, as histórias e as simulações de terror nos quartos enquanto as pobres vítimas dormiam [pelas duas da madrugada] e aquela roda de violão inesquecível [estou fissurado em Henrique Cerqueira]!

          Foi inesquecível conhecer Bárbara também [apesar de ter dado um "bolo" nela quando ela veio aqui em Salvador]!


          Desculpe se esqueci de citar alguém, mas de fato vocês foram muito especiais pra mim. Estarão sempre nas minhas lembranças!!!

                                                                                         Com amor não fingido,

                                                                                                        Fill



PS: Ops!Quase me esqueci do Hino Oficial da UMP:

"Mocidade Presbiteriana da Igreja Batista somos testemunhas de Jesus..."



UMP

LOUVOR

PONTE



NOS TRILHOS DO TREM DA VIDA


FILL E FILIPE




JOHNY



PB MARCUS

REV JAIRO- BÍBLIA EDIÇÃO ESPECIAL EM COMEMORAÇÃO À REFORMA


     

sábado, 11 de junho de 2011

A Teologia da Benção e a pregação dos apóstolos

"Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas. " [Atos 2.32]

"Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos." [1 Cor 1.23]



    João, em uma de suas visões apocalípticas vê um anjo que anunciava o Evangelho Eterno, ou seja, o Evangelho que não tem fim!! E de fato, os apóstolos se ocupavam de anunciar O EVANGELHO DE JESUS CRISTO. De tempos em tempos, entretanto, a mensagem da Cruz fica chata para alguns, que insistem em trazer novas revelações e visões, seja dentro das nossas congregações [Teologia da Prosperidade, Teologia da Benção, GDOZismos, Adorações Extravagantes] seja fora delas [a "restauração" do evangelho dos Mórmons, e a "grande Multidão Terrestre" do Jeovismo].
     Precisamos ser rigorosos com relação a isto e impedir que essas práticas se disseminem como uma praga que contamina a plantação.  Dessas "desgraças" [literalmente, pois significam uma queda da Graça] está a Teologia da Benção! Sim, irmãos, nossas músicas e nossas pregações estão contaminadas pela Teologia da Benção, a filha mais nova da Teologia da Prosperidade e tão perniciosa quanto sua mãe. Travestida, como um Cavalo de Tróia, ela conseguiu adentrar em nossos templos e está formando um conjunto de crentes que não sabe pregar outra coisa senão " a BENÇÃO DE deus": "Deus vai te dar vitória hoje", "Deus quer te abençoar, meu irmão", "Deixe o pecado pra não retardar a benção, irmão!"
        Quando leio a Bíblia não consigo ver os apóstolos pregando isso! Nunca vi Paulo profetizando bençãos em seus discursos, muito menos vitórias com Sabor de Mel! Mas o vejo ensinando a renunciar o pecado para agradar a Deus e não para receber bençãos!!
         Isto não é, de fato, um OUTRO EVANGELHO?
          Não permitamos que outros evangelhos sejam anunciados por falsos apóstolos! Vamos pregar o Deus que Salva  e Ressucita, o Deus dos apóstolos!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Reflexões cristãs sobre a música "Yaweh", do U2.

Uma pequena meditação para a sua semana.

Se tem um cara não-cristão que eu admiro é o Bono Vox. Ele é muito envolvido em causas humanitárias como o combate a AIDS e a socialização de miseráveis, dando a eles condições de comer e se vestir. Quando leio e ouço Bono, lembro-me das palavras de Jesus em Mat 5.20, e penso que se minha justiça não "exceder" a de Bono, de modo nenhum entrarei no Reino dos Céus.  Ele é o vocalista de banda de pop-rock U2  e, numa das suas letras, ele nos deixa uma mensagem maravilhosa:

Pegue esses sapatos
Fazendo toc-toc por alguns becos-sem-saída
Pegue esses sapatos
E os faça servir [Jo 13.6-14; Rom 10.15]
Pegue essa camisa
Lixo de poliéster branco feita em lugar nenhum
Pegue essa camisa
E a faça limpa[Mat 25.38]
Pegue essa alma
Presa num pouco de pele e ossos
Pegue essa alma
E a faça cantar

Jeová, Jeová
Sempre há dor antes de uma criança nascer
Jeová, Jeová
Ainda estou esperando pelo amanhecer [Rom 8.19]

Pegue essas mãos
Ensine-as o que carregar
Pegue essas mãos
Não faça um punho

Pegue essa boca
Tão rápida para criticar
Pegue essa boca
Dê-lhe um beijo

Jeová, Jeová
Sempre há dor antes de uma criança nascer
Jeová, Jeová
Ainda estou esperando pelo amanhecer

Ainda esperando pelo amanhecer, o sol está nascendo
O sol está nascendo no oceano
Esse amor é como uma gota no oceano
Esse amor é como uma gota no oceano

Jeová, Jeová
Sempre há dor antes de uma criança nascer
Jeová, Jeová
Porque a escuridão antes do amanhecer?

Pegue essa cidade
Uma cidade deve brilhar numa colina[Mat 5.14]
Pegue essa cidade
Se ela for seu destino
O que nenhum homem pode ter, nenhum homem pode pegar
Pegue este coração
Pegue este coração
Pegue este coração
E o faça partir



A Mensagem de Bono é simples e bíblica: há muito o que fazer! E o mundo espera pela manifestação dos filhos de Deus e pela manifestação da ressurreição que eles tiveram após morrerem com Jesus. Se nós somos o corpo de Cristo, devemos ser o que Cristo foi aqui na Terra. E nós sabemos o quanto nos esforçamos pouco para vivermos um amor fingido com aquele irmão ou irmã que não vai muito com a nossa cara, mas não nos esfoçamos nem um pouco para ajudar os vitimados da chuva ou os que tem fome em nosso bairro.  Enfim, deixo uma reflexão de um pastor presbiteriano que ouvi nessa semana:

"O evangelho, lembra o teólogo, não vive da negação, mas das boas novas. Na América Latina, evangélicos têm se destacado por serem anti: anticatolicismo,anticomunismo, antiecumenismo e agora anti-homossexualidade.”

Lembrem-se: se a nossa justiça não exceder a esses homens, de modo algum entraremos no Reino dos Céus! Mais do que um discurso de transformação, precisamos ser genuinamente transformados pelo poder do Espírito, para que o mundo creia que somos enviados de Deus para salvar esta geração perversa!

Fill Gomes

sábado, 9 de abril de 2011

Bono Vox fala para 7.000 pastores.

"Evangelho Integral: Salvem a alma e o corpo!!!"

Vozes, visões com ação, bermudas e movimento.









Atos 11. 19,21 e 23 "Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a mensagem apenas aos judeus.(...)A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao Senhor.(...)Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração."


Em dezembro fiz um ano na comunidade PIB de Pirajá, e a cada dia tenho visto como foi propósito de Deus que eu estivesse ali. Melhor do que aproveitar as coisas boas da vida é entender como Deus escreve nossa história com frases de perdas e ganhos, vitórias e derrotas, mas sempre contribuindo para o nosso bem!

Ao chegar na PIB fortaleci amizades que já tinha, em particular com alguém que tenho crescido muito. É meu xará, Filipe (desculpe, seminarista Filipe-huahuahuahuahua). Quase que informalmente começamos a sair nas tardes de domingo com alguns amigos, estabelecendo contato com comunidade e tentando comunicar a eles o que temos aprendido em nossas experiências com Deus, almejando que eles tenham essa mesma experiência, se assim desejarem. No fundo, queremos formar cada vez mais pessoas que tenham Cristo como modelo de vida. Queríamos que fosse o mais informal possível; queríamos estabelecer contato mesmo! Então resolvemos sair de BERMUDAS!! Nos materiais que produzimos, imprimimos um nome para o grupo: "A Voz"!

Nos primeiros dias já tivemos experiências maravilhosas. Duas pessoas, em especial, me marcaram muito: "Duracell" e Angélica.

"Duracell" estava tão irriquieto, cutucava o tempo todo a menina ao seu lado, um verdadeiro pentelho! Após algum tempo de conversa, confrontamos "Duracell", o dançarino de "free step" e ele hoje é cristão.

Uma semana depois, andando pelas ruas do Conjunto Pirajá, recebemos um convite de um amigo para que conversássemos com a irmã dele. Prontamente fomos, e em pouquíssimo tempo ela recebeu a Cristo. Agora, Angélica está crescendo nessa busca de viver todos os dias tendo Cristo como referencial e vivendo para servir às pessoas!

Temos uma proposta de não forçar conversões. Esperamos que a pessoa compreenda nossa experiência de Fé e que, se for profundamente relevante como foi pra nós, ela creia e viva o modelo de vida cristão!

A proposta cresceu tanto que nos últimos três dias fizemos uma rodada de treinamentos na Igreja. Muitas pessoas da nossa comunidade desejam fazer parte disso. Nos sentimos felizes por sermos instrumentos de Deus para formar pessoas com um caráter cada vez mais parecido com Cristo e tornar o mundo um lugar com menos sofrimento e com mais amor [na profundidade da palavra "amor"]. Afinal, que tipo de mundo teremos se tivermos cada vez mais pessoas parecidas com Jesus?

Um grande abraço!