Há quatro anos, queríamos apenas que nossa casa de reunião não estivesse fechada durante os três dias da festa mais badalada de Pirajá: a festa de Labatut. Gostamos tanto do "negócio", que hoje sonhamos com a reunião de toda a igreja em Pirajá, que se reúne nas quase 60 casas de oração que temos por aqui. Sonhamos com um Impacto tão relevante que mexa com as estruturas da maldade e da violência
no nosso pedacinho de chão e esse é o caminho que temos trilhado.
Na segunda-feira passada (09/06) tivemos uma reunião para decidir coisas do Impacto. Antes, prézavamos por uma reunião cheia de representantes. Hoje nos acostumamos a pouca gente mesmo. Não pudemos nos reunir na laje da Igreja Batista de Missões então fomos pra casa do Pr Antonio mesmo. Isso ajudou a criar um clima bem mais intimista, família. Conversamos sobre escândalos, áreas em que a igreja não tem atuado, santificação e nosso papel nisso tudo. Por fim, oramos por cada própósito, pedindo a Deus que nos pusesse na rota de uma transformação pelos Seus padrões.
Em quatro anos Deus nos fez trilhar um caminho. Neste caminho erramos e acertamos, conhecemos e nos despedimos de pessoas e andamos com o Espírito Santo numa caminhada. Fomos reavivados para a oração e entramos num processo de romper com as barreiras que nos impediam de sermos um. O primeiro custo que tivemos foi o custo de estabelecer comunhão. Comunhão custa caro! Custa romper com as diferenças e entender o papel de cada um no corpo. Custa também aprender a lidar com limitações. Custa ter coragem de ser sincero com o irmão e dizer a verdade de forma branda e amorosa ao invés de compartilhar impressões de forma covarde "por trás" das pessoas.
Há também um segundo custo: dependência! Percerber que as ideias mirabolantes e perfeitas podem simplesmente ser rejeitadas e que o amor supera o ressentimento. Mas a principal dependência é saber que os recursos não virão a tempo, as promessas não serão cumpridas, aliados nos deixarão na hora que mais precisam, mas Deus está cuidando de tudo. Aprendemos a não guardar rancores, a não amargar decepções e a dar e pedir novas chances. Aprendemos a depender de Deus e entregar constantemente nossa vida e nosso Impacto nas mãos dEle. Aprendemos que toda a nossa experiência só é um ponto de partida para o que Deus pode fazer quando ouvimos a voz dEle e caminhamos em unidade. Aprendemos que oração não é um meio para resolvermos os problemas do Impacto, mas um caminho pelo qual Deus nos orienta para o que ele quer por andarmos em comunhão com Ele [e nos livra de alguns descuidos também(rsrsrs)].
Um Impacto também custa a Paz. Paz quando recebemos notícias diretas de que ninguém iria nos proteger da onda de violência que estava para chegar. Paz quando ouvimos que essa proposta de evangelismo não dava resultado. Paz quando nossos convites não eram atendidos. Paz quando as decisões pareciam que nunca sairiam. Em tudo isto Deus nos deu a graça de permanecer. Não porque somos melhores, porque somos diferenciados, porque temos uma "unção" especial, mas porque fazemos parte de um corpo, estamos imersos sem um corpo, recebendo nutrientes do mesmo sangue que todos os nossos irmãos que cooperam conosco em pró do Reino de Deus.
Estamos numa fase em que temos descoberto caminhos novos. Há três anos estamos desejando formar uma associação de igrejas para evangelismo. Hoje, entendemos que Deus quer nos usar para fazer um movimento de intercessão e evangelização numa visão que nos ponha numa mesma casa, de fato. Queremos uma rede de igrejas. Queremos uma rede de pastores onde eles possam compartilhar suas forças, fraquezas e incentivar-se mutuamente. Queremos servir ao nosso bairro e ser referência de comunidade de fé. Que o Pai nos envie, o Espírito nos conduza e Cristo nos modele nisso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário